Ativos alternativos: conheça as possibilidades de investimento

Em contrapartida ao modelo tradicional, os investimentos em ativos alternativos, como criptomoedas e crowdfundings, abrem espaço para inovação e a entrada de um novo perfil de investidores no mercado.


No Brasil, 3 a cada 4 pessoas não possuem nenhum tipo de aplicação financeira. No entanto, isso não significa que não há um desejo de começar a investir. 

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva descobriu que pelo menos 38% dos trabalhadores brasileiros demonstraram interesse em realizar algum tipo de investimento ao longo de 2023.

Além da falta de conhecimento sobre o mercado financeiro, essa realidade também se conecta com o pouco acesso que a maioria dos brasileiros têm aos investimentos tradicionais.

Contudo, a ascensão dos investimentos alternativos têm criado verdadeiros impactos para transformar o mercado.

Ativos alternativos: mais variedade em opções de investimento

Os ativos alternativos são um modelo de investimento fora do padrão. Alta rentabilidade, prazos variados de vencimento e diferentes níveis de risco são características desse tipo de investimento.

O conceito de investimento alternativo abrange, basicamente, as mais diversas opções para se investir fora do mercado financeiro tradicional.

Desse modo, podemos dizer que os ativos alternativos são aqueles não relacionados à “economia financeira”, como ações da bolsa de valores ou títulos públicos. Quando falamos de investimentos alternativos, estamos nos referindo à “economia real”

Alguns exemplos de ativos alternativos são:

  • Obras de arte
  • Direitos autorais
  • Créditos de carbono
  • Criptomoedas
  • Empreendimentos imobiliários
  • Participação em empresas de capital fechado

O que diferencia investimentos alternativos e tradicionais?

A fim de facilitar a distinção entre esses dois tipos de ativos, montamos uma lista com as principais características de cada um.

Mercado tradicional

  1. Principalmente ações e títulos
  2. Ativos públicos
  3. Ligação direta com a flutuação da “economia financeira”
  4. Acionistas passivos
  5. Retornos com menor dispersão entre os investidores
  6. Disponibilidade em plataformas convencionais

Mercado alternativo

  1. Ativos públicos e privados
  2. Maior proteção contra inflação
  3. Relação com a “economia real”
  4. Acionistas ativos, mais envolvidos com o investimento
  5. Retornos maiores, com menor liquidez
  6. Possibilidade ampla de participação em projetos de inovação
  7. Disponibilidade em plataformas especializadas em ativos alternativos, fintechs e/ou exchanges

Por que os ativos alternativos começaram a chamar a atenção dos investidores?

Atualmente, os ativos alternativos representam cerca de 5% das carteiras dos investidores brasileiros.

A verdade é que o crescimento da popularidade dos investimentos alternativos é resultado de uma combinação de diversos movimentos econômicos e tecnológicos.

Por muito tempo, a possibilidade de investimentos para o brasileiro médio foi muito limitada. 

Menos de 3% da população investe tradicionalmente na bolsa de valores. Aportes altos, acesso limitado e necessidade de maturidade para começar a investir são alguns fatores que influenciam nesse cenário.

Nos últimos anos, o acesso facilitado à informação e à educação financeira despertou no público uma curiosidade por investir e criar um portfólio. Esse perfil de investidores encontrou nos ativos alternativos a solução para sua demanda. As próprias plataformas que fazem a mediação de investimentos alternativos oferecem também informações e orientações sobre o setor.

Um outro fator que impulsionou a tendência dos ativos alternativos foi a instabilidade da economia a nível mundial e a inflação.

Incertezas decorrentes de conflitos bélicos entre países, instabilidade em acordos internacionais e desconfiança em relação às contas públicas nacionais despertaram nos investidores preocupações em múltiplas frentes.

A procura pela diversificação de portfólios se tornou mais frequente.

Segundo especialistas da área, os investimentos alternativos acabaram ganhando espaço por não serem relacionados ao mercado financeiro tradicional, assim sendo menos voláteis que ações da bolsa de valores e abrindo possibilidades de retornos maiores.

As obras de arte, por exemplo, eram investimentos reservados apenas para um público de classe muito elevada. Hoje em dia, elas também podem estar na carteira de outros perfis de investidores através da tokenização. 

Com o avanço da tecnologia, a economia digital também entrou nas tendências de investimento.

Muitos dos novos investidores têm optado pelos ativos digitais. A confiança nessa modalidade de investimentos passou a crescer principalmente com o fortalecimento de regulamentações claras e com a ampliação da educação sobre o tema.

A demanda por criptomoedas, NFTs, investimentos coletivos e ativos tokenizados apresentou um grande avanço na medida que o mercado descobriu nos ativos digitais formas mais ágeis, democráticas e simplificadas de lucrar com projetos inovadores.

Quais são as principais opções de ativos alternativos disponíveis no mercado?

Como falamos mais acima neste artigo, os investimentos alternativos englobam diversos modelos não-tradicionais.

A seguir, separamos os mais relevantes tipos de ativos alternativos entre o grande leque disponível para investidores que querem diversificar seu portfólio.

Ativos físicos

Esses são os ativos tangíveis, materiais, como imóveis, veículos, equipamentos, etc.

Terras de cultivo, por exemplo, também são consideradas ativos físicos. Em alguns setores, esse tipo de ativo é chamado de ativo agrário.

Venture Capital

Esse é o investimento em empresas que ainda estão começando ou em processo de evolução, com faturamento baixo mas com alto potencial de crescimento.

O retorno para investidores pode vir por vendas futuras ou participação nos lucros, podendo também se tornar sócios do empreendimento.

O venture capital é um ativo alternativo popular porque beneficia tanto aqueles que buscam investir em novos projetos quanto as pequenas empresas que precisam de capital.

Private Equity

Diferente do venture capital, o investimento do tipo private equity é voltado para empresas que já estão em um estágio mais maduro de desenvolvimento. Nesse caso, o que elas buscam é se reestruturar ou expandir a atuação no mercado.

Apesar de serem corporações de maior porte, essas empresas não têm suas ações disponíveis na bolsa de valores.

Crowdfunding

Os investimentos coletivos oferecem uma maneira alternativa para que pessoas físicas e jurídicas possam participar do financiamento de negócios ou projetos através de plataformas autorizadas.

O crowdfunding abre portas para os pequenos investidores, já que os mesmos podem apoiar empreendimentos contribuindo com quantias menores que outras modalidades de investimento.

Dessa forma, vemos uma democratização do mercado de investimentos, beneficiando, ao mesmo tempo, iniciativas inovadoras que talvez nunca saíssem do papel e um público que não teria como investir em outros ativos.

Criptomoedas

Atualmente, apesar de existirem milhares no mercado, a principal criptomoeda é o Bitcoin (BTC). Essas moedas existem apenas digitalmente e podem ser utilizadas em diversos tipos de transações.

Vários bancos digitais e fintechs já aderiram às criptomoedas e começaram a disponibilizar essa modalidade de investimento aos seus clientes.

A popularidade das criptomoedas e outros tipos de ativos digitais conquistou não apenas pequenos investidores, mas também famosos e até bilionários. Veja, a seguir, alguns adeptos dos investimentos alternativos e digitais.

Ativos alternativos não são novidade para investidores bilionários e personalidades influentes

Celebridades e investidores conhecidos no mercado já diversificam seu portfólio com ativos alternativos há pelo menos 10 anos. 

Como já falamos, os ativos alternativos incluem inúmeras variações de investimentos feitos fora dos mercados tradicionais. Para os casos mostrados a seguir, focamos especialmente nos ativos digitais. 

Investidores brasileiros no mercado alternativo

Emílio Surita, jornalista e apresentador do Pânico na Band, já falou várias vezes em seu programa sobre o lucro que obteve investindo em bitcoins. Ele começou seu investimento em 2010, quando a unidade de BTC não chegava a US$1 no mercado

O Primo Rico, ou Thiago Nigro, como é seu nome real, é um dos principais influenciadores de investimentos do Brasil. Seus investimentos com os ativos alternativos das criptomoedas começaram em 2019, mas ele mesmo já afirmou que gostaria de ter entrado nesse mercado antes.

Em um vídeo com motivos “fora do óbvio” para investidores entrarem nesse setor de ativos alternativos, Nigro fala também sobre a importância de diversificar seu portfólio:

“A diversificação é a melhor forma mais inteligente de se expor a um ativo com potencial ao mesmo tempo que minimiza os riscos no caso de fracasso.”

O público mais conectado deve reconhecer o nome “Chico Moedas”. Apesar de ter aparecido muito na mídia por conta de seu relacionamento com a ex-namorada Luísa Sonza, Chico Veiga já era um investidor de sucesso muito antes disso.

O influenciador digital de 27 anos ganhou o apelido justamente por falar abertamente sobre como fez sua fortuna através de investimentos em bitcoins.

Mais de 30% dos considerados “super-ricos” já investem em ativos alternativos

Esse número vem de uma pesquisa da Forbes feita com 65 das pessoas mais ricas do planeta em 2022. Entre os participantes, dois relataram ter mais da metade de sua fortuna em criptomoedas.

Mark Cuban é apresentador da edição norte-americana do programa Shark Tank e tem uma das maiores coleções de NFTs do mundo. Além de ser um investidor bilionário e dono do Dallas Mavericks, time da NBA, ele é um ávido defensor de ativos digitais.

Investimentos alternativos também chamam a atenção de celebridades da música 

Justin Bieber, Post Malone, Drake, The Weeknd, DJ Khaled, Madonna e Eminem, por exemplo, já investiram no mercado alternativo e vários destinam uma parte da sua fortuna para criptomoedas.

O rapper Snoop Dogg tem uma coleção milionária de NFTs e já criou e participou de inúmeros projetos com ativos digitais. Esses empreendimentos variam desde passaportes para fãs acompanharem uma turnê digital até a colaboração em jogos.

Snoop Dogg não só se envolveu em investimentos com os ativos alternativos, mas também se dedicou a alertar contra comercializadores de tokens e NFTs falsos. 

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